domingo, 25 de agosto de 2019

O tamanho da área queimada na Amazônia e no Pantanal, comparada com sua cidade | Brasil | EL PAÍS Brasil

O tamanho da área queimada na Amazônia e no Pantanal, comparada com sua cidade | Brasil | EL PAÍS Brasil

A São Paulo que começou a semana sob espanto diante da escuridão repentina que arrebatou a tarde da última segunda-feira, fenômeno originado, entre outros fatores, pela onda de fumaça das queimadas na Amazônia, terminou a sexta erguendo a voz nas ruas contra as posições ambientais do presidente Jair Bolsonaro. O protesto, na capital paulista, foi um dos muitos que ocorreram ao redor do mundo nesta última semana, após as imagens da vegetação queimada tomarem as redes sociais. O presidente Emmanuel Macron, da França, também se pronunciou de maneira firme: ameaçou bloquear o acordo da União Europeia com o Mercosul por causa das "mentiras" de Bolsonaro em relação ao meio ambiente.
Diante das pressões pelo mundo em relação aos incêndios na floresta brasileira, o Governo Bolsonaro reagiu no final da semana. Em pronunciamento em rede nacional na noite desta sexta-feira afirmou que incêndios desta natureza ocorrem em todo o mundo e não podem ser pretexto para sanções internacionais. O presidente também afirmou que "a proteção da floresta é nosso dever" e que "está ciente disso para combater o desmatamento ilegal e quaisquer atividades criminosas que coloquem a nossa mata em risco". Bolsonaro, que durante a campanha eleitoral chegou a afirmar que "a Amazônia não é nossa", se viu obrigado a chamar para si a responsabilidade diante da perplexidade ao redor do mundo. E anunciou o que chamou de "GLO ambiental": a assinatura de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para enviar ajuda militar aos Estados que compreendem a Amazônia Legal. Durante o pronunciamento do presidente, moradores de diversas cidades brasileiras promoveram panelaços em protesto nas janelas de suas casas.
Segundo os dados oficiais, a onda de incêndios já devastou mais de 20.000 hectares de vegetação nativa da Amazônia e do Pantanal. Na reportagem de Joana Oliveira é possível comparar a extensão do estrago ao tamanho da sua cidade.


Para ler com calma, trazemos entrevista com Alan Rusbridger, que à frente do jornal The Guardian precisou informar sobre assuntos como o escândalo do Wikileaks, que denunciou a espionagem múltipla feita pelos EUA, quando teve Julian Assange como difícil aliado. Cobriu as diversas primaveras árabes, a morte de Bin Laden, o colapso das finanças europeias. Foi, na Inglaterra, apóstolo dos benefícios que a Internet poderia trazer ao jornalismo. Hoje, longe dos terremotos que viveu, ele conversa com o EL PAÍS sobre o futuro. "A emoção está superando a razão no mundo. Os políticos de sucesso são os que sabem apelar às emoções. Já não existe o que antes se conhecia como fatos. Meus fatos são melhores do que seus fatos. Precisamos pensar se queremos um mundo de fatos para se contrapor ao mundo baseado nas emoções, que é um mundo perigoso. E se desejamos um mundo de fatos, precisaremos de jornalistas", explica ao repórter Juan Cruz Ruiz.
A área queimada na floresta brasileira, comparada com a sua cidade

A área queimada na floresta brasileira, comparada com a sua cidade
A onda de incêndios já devastou mais de 20.000 hectares de vegetação na Amazônia e Pantanal, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

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